Escolhemos para representar nosso evento o Cacicus chrysopterus, popularmente conhecido como Tecelão, encontrado na América do Sul Meridional. Trata-se de uma ave comum aqui na região sul do Rio Grande do Sul, que geralmente constrói sua casa sobre a superfície da água. Percebem a aproximação com Pelotas construída em região de banhado? 

 

Seu ninho é em formato oval, como uma bolsa, usando materiais como crina vegetal, folhas e galhos, escolhidos cuidadosamente. Ele tece os fios com muita habilidade dando forma a sua casa, esta espécie é conhecida pela complexidade de seus ninhos e pela habilidade no tecer. 

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Para nós, a cidade não é uma obra acabada, mas está em constante (re)construção, em fluxo, é formada por diferentes saberes, concepções de mundo, nas relações, nos jogos de poder, em seus contextos específicos. As formas de morar e habitar mudam de pessoa para pessoa, de não-humano para não-humano, e estas diferentes formas se complementam, se opõem, se aproximam e distanciam, dando movimento às cidades.

 

Habitar é um processo, de tecer, geograficamente bem posicionado, relacional e complexo, como nos mostra o Tecelão.